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sábado, 4 de outubro de 2014

Colunista

As urnas eletrônicas e o sistema de votação no Brasil são seguros?


Silvio Romero de Lemos Meira é um renomado pesquisador brasileiro, formado em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e doutor em computação pela University of Kent at Canterbury (Inglaterra). A poucos dias da votação do 1º turno da eleição de 2014, Meira faz uma pergunta que provoca calafrios em qualquer cidadão:

"Será que dá para clonar urnas (eletrônicas)?", questiona ele em seu blog na 
internet.

No domingo, dia 5, teremos no País a maior eleição com urnas eletrônicas do mundo, como diz a propaganda do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e a participação de 142 milhões de eleitores.

O ex-assessor da secretaria de política de informática do Ministério da Ciência e Tecnologia e membro do primeiro comitê gestor da Internet/br, Silvio Meira responde à pergunta que faz: 

"Sim, é possível clonar uma urna eletrônica". Isso pode ocorrer por meio de um dispositivo chamado "data e hora", que põe a máquina para trabalhar no dia da eleição. Se este dispositivo for fraudado, surge literalmente uma segunda urna que poderá ser carregada de votos. Um clone eleitoral!

Para justificar sua preocupação, o renomado Silvio Meira cita entrevista do professor Pedro Antonio Dourado de Rezende, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Brasília, concedida à revista Info, do Grupo Abril, em setembro passado.

O repórter Fernando Barros foi direto ao ponto:

"Funções de data e relógio podem ser alteradas facilmente na urna eletrônica?", quis saber.

Pedro Rezende respondeu:
"As configurações de data e hora do relógio interno da urna podem ser alteradas por um programa da própria urna que já esteja preparada e lacrada, isto é, pronta para votação. Para esse programa rodar, entretanto, ele precisa de alguns dados externos que são instalados, durante a etapa de preparação, em mídia própria (pen drives), chamada mídia de ajuste de data e hora, ou abreviadamente ADH. Quando um tal pen drive ADH é colocado numa urna já pronta e esta urna é ligada, essas funções podem ser alteradas facilmente, antes da verdadeira data programada para a votação. Assim é possível fazer a urna entrar em modo de votação bem antes da hora certa, propiciando o tipo de fraude chamado de 'urna clonada', que, simplificadamente, faz uma votação antes da hora, grava e guarda os resultados, recarrega a urna para ser enviada para a seção eleitoral correspondente, com a data e horário corretos, e depois troca os resultados antes da transmissão."

Uma fraude perfeita no mundo da eletrônica.

O repórter da Info, então, pediu esclarecimentos:

"Quais são os momentos críticos para manipulação de resultados?"

Pedro Rezende respondeu: "Em sistemas informatizados de votação como o do TSE, classificados como de primeira geração, caracterizada por não permitirem recontagem de votos, e portanto também caracterizada pela integridade do resultado depender completamente da honestidade dos programas utilizados nas urnas e nas demais etapas do processo de votação, qualquer momento em que um tal programa é transmitido, configurado, encapsulado em software, instalado ou inicializado, é momento potencialmente crítico para manipulação dos resultados", afirmou o professor.

A advogada Maria Aparecida Cortiz, consultora do PDT na área de apuração em urnas eletrônicas, fez palestra recentemente na Bahia sobre a vulnerabilidade de nossas urnas. Ela fez um alerta claro sobre o dispositivo "data e hora" das urnas que serão usadas no próximo domingo.
"Fizemos uma análise de código fonte, contratamos um aluno da Universidade de Brasília para analisar o código fonte, o Gabriel Gaspar, aluno do professor Pedro, descobrimos situações muito sérias e eu queria colocar isso em primeira mão aqui", disse ela. 

"A ideia não é tumultuar as eleições, mas mostrar problemas sérios nas urnas para quem quer manipular as eleições e chamar a atenção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Encontramos vulnerabilidade no código fonte", reforçou Cortiz.


As perguntais foram realizadas pela Info e reproduzidas atreveis de áudios e fontes de estudos     

Veja o vídeo reproduzido em áudio escute com atenção.




As opiniões aqui expressas são de responsabilidade de seu idealizador e não refletem, necessariamente, a opinião deste veículo de comunicação.

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