A Organização Mundial de Saúde e a Organização Pan-Americana
de Saúde emitiram nesta terça-feira um alerta mundial sobre a epidemia de zika vírus,
no comunicado aos países-membros, a organização pede que eles estabeleçam
capacidade de diagnóstico da doença e que se preparem para um aumento no número
de casos reforçando o atendimento pré-natal e neurológico.
A organização reconheceu pela primeira vez oficialmente a
relação entre o zika e a microcefalia ao mencionar o estudo brasileiro do
Instituto Evandro Chagas, que revelou a presença do vírus zika em bebês com
microcefalia.
"Há uma conexão
entre as duas coisas, mas causalidade é uma outra história. Não podemos dizer
100% que é só o zika vírus a causa da microcefalia, ela pode ser atribuída a
diversas questões. Há uma conexão porque há um evidente aumento nos casos de
microcefalia no Brasil ao mesmo tempo em que há um surto de zika no país.",
afirmou, Dr. Marcos Espinal, à BBC em entrevista.
Gravidez
O documento da OMS não faz menção ao uso do controle de
natalidade como modo de evitar os casos de microcefalia, no entanto, a
organização recomenda que gravidas evitem o contato com o mosquito transmissor.
O especialista ainda citou que as mulheres não deviriam
deixar de engravidar, mas sim fazerem uma escolha consciente. "Eu não daria o conselho de que todas as
mulheres devem evitar a gravidez. É uma decisão delas", e complementou
"Há um risco, mas ainda não sabemos.
Não sabemos se o risco de o vírus vir a atravessar a placenta é alto ou baixo".
Nenhum comentário:
Postar um comentário