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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Agenda: Diogo Nogueira e Hamilton de Holanda vêm ao Recife

Do diário de Pernambuco 

Os meandros do samba são revisitados por Diogo Nogueira e Hamilton de Holanda neste fim de semana. Os dois músicos cariocas apresentam show inspirado no CD Bossa negra de sexta-feira (28) a domingo, às 21h, no Manhattan Café Theatro.

Diogo, filho do portelense João Nogueira, escutou samba como quem ouve canção de ninar. Não por menos: os Nogueira fazem música há pelo menos cinco décadas. Já Hamilton é metade pernambucano, carioca e brasiliense. Nas andanças, ele descobriu cedo o dedilhado do bandolim e aprendeu a exprimir o sentimento em um abecedário de composições.


A quilômetros de casa, Diogo e Hamilton se cruzaram nos palcos norte-americanos. A latinidade de Miami inspirou os dois a lançar um projeto em parceria. Nostálgico e revelador, o CD Bossa negra surgiu de um batuque inocente. Uma faísca de gingado e inspiração. "Na verdade, a ideia de fazer o disco surgiu num show, em 2009. Depois da energia que a gente trocou no show, a gente ficou dentro do camarim, conversando em fazer um projeto novo, diferente", diz Diogo Nogueira.

Escute a versão de O que é o amor



"Aí a gente começou a cantar afro-samba. Dali mesmo, surgiu o nome 'Bossa negra'", lembra Nogueira. E Hamilton não esquece o destino: "depois de cinco anos, a gente se encontrou". À roda, juntaram-se o baixista André Vasconcelos e o percussionista Thiago da Serrinha para produzir o álbum, que comemora o centenário legado do samba sem perder a influência arejada da bossa.

Crítica

O álbum passeia por Baden Powell e Vinícius de Moraes. Vai de Paulinho da Viola a Martinho da Vila. E os agudos de Beth Carvalho e Alcione vêm na onda sonora. Por isso, Diogo Nogueira e Hamilton de Holanda nem contam nos dedos as influências que trazem da carreira musical, sem deixar, porém, de imprimi-las no CD.

A umbigada e o passado rítmico dos afro-sambas também deram margem à música de protesto. Nas faixas, o tom político vem na música "abre-alas", Bossa negra - composição dos dois músicos -, que externa a representação do negro na formação da brasilidade. A canção Brasil de hoje e a escolha de Mundo melhor - de Pinxiguinha - também se enquadram nessa categoria.

"Um CD que foi feito com o coração. A gente se encontrou para criar o disco, e as composições têm um caminho musical muito brasileiro", fala Hamilton. De cor e de alma, Bossa negra se rende ao memorialismo que fez uma produção musical passar de criminosa para outro estandarte, o de identidade de um povo.

Entrada

A estreia da turnê de Bossa negra foi no Rio de Janeiro, nos dias 26 e 27 de agosto. Depois, o samba seguiu para São Paulo e Curitiba. Agora, no Recife, os ingressos custam R$ 210 (ingresso único). O Manhattan Café Theatro fica na Rua Francisco da Cunha, 881, no bairro de Boa Viagem. Informações: 3325-3372.

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