Dados dos hábitos culturais brasileiros. Click para amplia a imagem.
O cenário preocupa vários setores da cadeia do livro. Para Wellington de Melo, escritor, professor e coordenador de Literatura na Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE), o momento principal para a formação de leitores é a escola, tanto na rede pública como na privada. A questão é ampliar essa formação para além de aulas de disciplinas específicas.
Não se trata apenas de vender ou distribuir mais obras literárias. “O desafio passa pela construção do hábito de leitura, não é simplesmente ampliar o consumo de livros. Não se pode atrelar a compra de livros diretamente ao hábito de ler. Talvez mais importante seja investir na leitura dentro de escolas e bibliotecas, transformar esses espaços para serem mais do que ambientes de estudo”, destaca o gestor. Ele lembra também que, quando os pais não leem, os filhos costumam repetir o hábito.
Wellington ainda ressalta que o levantamento do Pró-Livro revelou que, apesar da queda no Brasil, o número de leitores cresceu no Nordeste. “Acredito que isso tem relação com o aumento de crianças na escola”, analisa. “Mas temos que trabalhar muito por políticas públicas. O Plano Nacional da Leitura busca que as bibliotecas se tornem espaços amplos, que sirvam para mais do que trabalhos escolares e concursos públicos.”
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário