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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Crônicas do Cotidiano: Por Tais Luso

Homem e Mulher: algumas diferenças



Amizade entre mulheres é muito diferente da amizade entre homens. Homem sai junto pra ir ao futebol, jogar tênis, assistir a uma Fórmula 1, beber litros de alguma coisa que no excesso leva ao coma. O assunto preferido entre nove em dez homens é mulher! Salvo se falarem sobre cinema, literatura, viagens e esporte. Sim, indivíduos evoluídos.

Mulher? Mulher é conhecida por convidar (sempre) a amiga para ir no banheiro do restaurante. É um grude. Lá, arrumam os cabelos, passam um batonzinho, dão palpite na roupa, etc. Trocam, também livros, CDs e são capazes de emprestarem até a bolsinha preferida, mesmo que seja uma Louis Vuitton. Vão juntas ao parquinho – com a criançada –, aulas de arte, teatro, cinema ou alguma palestra interessante de algum guru.

- Adorei esse seu esmalte! Sentou com o tom de sua pele...
Pronto, agradou a amiga. Quase sempre existe a troca de gentilezas. É uma amizade mais delicada.

Mulher vai ao hospital visitar a sogra e se oferece para acompanhá-la um turno; homem vai ao hospital só carregado, e de mau humor. Mas passa por cordial. Foi; acertou as pontas com a sogra... Mas, fica louco para pôr o pé na estrada e voltar para ver o Grenal, mesmo com a sogra a perigo.

Mulher quando termina o namoro, tem a solidariedade da amiga, choram juntas. Uma aconselha a outra e tenta deixar tudo na melhor situação, levando até uma flor como esperança de uma vida melhor. O  homem já vai soltando sua frase de efeito:

– Pô, cara, deixa de ser veado, parte pra outra, tá sobrando mulher no pedaço!

E tenta arranjar uma 'amiguinha' pro companheiro  sair do pranto. Uma diversão.

Mulher adora Natal, se esborracha em colocar rendas na mesa, enfeites pela casa, cuida do infeliz peru, sobremesa, guarnições, guardanapos e presentes pra turma inteira. 

Homem se encarrega apenas da bebida para encher a cara enquanto aguarda o término da festa para dormir. O bom é o Ano Novo, quando o protagonista é o churrasco, a caipirinha e litros de cerveja a compartilhar. E vestindo um bermudão –  dois números acima – e chinelo havaiana. Quando não puxa uma sandália franciscana pra lá de medonha. Homem é natureba, nada pode atrapalhar e nem apertar, entenderam? 

O que chama mais minha atenção no quesito estética, atualmente, é o desequilíbrio  do visualmente  num casal: a mulher quando veste  uma jeans justa, blusinha legal e salto 20, ali, no equilíbrio e toda coquete, o homem, sai num bermudão enorme, camisa velha e um tenizão.  Tudo muito à vontade.

Mulher recebe as amigas com beijinhos, fricotes e elogios; homem recebe os amigos com um sanacão nas costas pra não deixar dúvidas da sua hombridade. 

– E daí, canastrão, como tá essa força?

Ao oferecer o churrasco aos convivas, corta lascas com um negócio que mais parece uma adaga. Sujeito viril, macho – devem pensar os convidados...
Mas encanta a todos e mostra sua destreza com aquela arma degoladora. Enquanto isso a mulher oferece saladinha de tomate com rodelas em flor e um galinho de arruda. Um mimo. Olhem a diferença!

Mas todas as festinhas ficam ótimas quando aparecem a bela e a fera, caso contrário não veríamos as diferenças do agir de um homem e de uma mulher.
A natureza dá uma equilibrada pra não ficar tudo tipo Mariazinha ou tudo a lá Paulão.

Mas digo: Aquela coisa de que homem não chora... é triste; seria ótimo se os homens deixassem florescer mais a sua sensibilidade. Não é dengo. Emociona,  porque quando homem chora...  a dor é grande demais, principalmente a dor na alma. E choramos juntos...

Mãe ainda educa o filho pra ser bagual; mas, com o passar dos anos cobra sensibilidade.
Vá entender...

"Crônicas do Cotidiano" por Tais Luso de Carvalho


Porto Alegre Quinta - feira, 11 de Dezembro de 2014 enviada por E-mail ON

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