Da agência Brasil, edição: Denise Griesinger
Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra
que 16% das indústrias perderam participação no mercado interno em função das
importações da China. O resultado representa uma elevação de 2 pontos
percentuais na comparação com o levantamento anterior, realizado em 2010.
No mercado internacional, a disputa também é acirrada e mais
da metade (54%) das empresas exportadoras do Brasil concorrem com a China em
outros países. O percentual das empresas que deixaram de exportar por causa da
concorrência com os chineses aumentou de 7% para 11%. De acordo com a entidade
empresarial, as pequenas corporações são as que mais sofrem: 26% deixaram de
exportar, ante 12% das empresas de médio porte e 7% das grandes.
Dos 15 setores com número significativo de empresas que
concorrem com a China no mercado doméstico, seis deles registraram perda de
participação no mercado interno em mais de 30% das empresas. No grupo produtos
diversos, 40% dos empresários apontaram perdas. Em seguida aparecem os
fabricantes têxteis (39%), o segmento de metalurgia (39%), vestuário (36%),
informática, eletrônicos e ópticos (35%) e máquinas e equipamentos (32%).
Apesar de mais de 60% declararem não comprar produtos
chineses.
O percentual de empresas brasileiras que disseram importar da
China aumentou de 17%, em 2010, para 18% em 2014. A proporção de indústrias que
compram produtos finais da China era 9%, em 2010, e ficou estável na última
pesquisa.
As companhias que disseram adquirir máquinas e equipamentos
chineses passou de 8%, em 2010, para 9%, em 2014, informou a CNI.
A CNI informou também que apenas 3% das indústriais
brasileiras possuem fábrica própria na China e outros 2% terceirizam parte da
produção para companhias chinesas. Esses percentuais se mantiveram estáveis nas
duas pesquisas.
As companhias brasileiras dos setores de informática,
eletrônicos e ópticos são as que mais terceirizam parte da produção, empatadas
com as de calçados (9% do total). A pesquisa foi realizada com 2.146
empresários de 15 setores.
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