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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Mas que mundo tu vives, criatura?

Por Tais Luso

Esse chavão, que coloquei como título da crônica, além de cafona é irritante, pois mostra uma pretensão descabida, um ego insuportável, controlador e senhor de todas as ideias. Mama mia... Vejo isso em muitas cantos por aí. Embora eu não seja movida a ódio, isso me incomoda. É o caso de segurarmos nossos instintos mais primitivos – relembrando o delator do mensalão.

– Mas em que mundo tu vives, criatura?

É, odeio agressões. Essa atitude despirocada e megalomaníaca causa uma certa indigestão em qualquer um que tenha o sangue um pouco quente. É como chamar alguém de burro sem necessidade.

Após um ato desses, muitos não se entendem mais, vira papo de primatas. Acho ótimo quando duas pessoas conseguem se entender sem ofensas e num mesmo nível de educação. É impossível conversar com aloprados, até num papinho sobre a conhecida e falada política do Brasil em que o mundo inteiro está por dentro. Quando muita coisa já está transparente. Que não há mais mistério.

Quando damos nossa opinião não quer dizer que seja a única, ou a certa. É apenas uma opinião: a nossa. Um direito à liberdade. E quando ouvimos o tal chavão, olho no olho, e paramos pra pensar, a coisa muda de figura. Dá uma vontade imensa de destrambelhar. O que não vale a pena.

A obsessão de mandar contra tudo sem ponderar nada, colocando uma arrogância acadêmica numa conversinha de boteco, não cabe. O que era para ficar simples toma proporções enormes, tudo muito grandioso para uma conversa curta e despretensiosa.


Acaba enchendo o saco e estragando a festa.

Crônicas do cotidiano é escrito por Tais Luso, que reside em Porto Alegre e escreve uma vez na semana suas histórias e contos.  

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