Por Tais Luso
Esse chavão,
que coloquei como título da crônica, além de cafona é irritante, pois mostra
uma pretensão descabida, um ego insuportável, controlador e senhor de todas as
ideias. Mama mia... Vejo isso em muitas cantos por aí. Embora eu não seja
movida a ódio, isso me incomoda. É o caso de segurarmos nossos instintos mais
primitivos – relembrando o delator do mensalão.
– Mas em que
mundo tu vives, criatura?
É, odeio
agressões. Essa atitude despirocada e megalomaníaca causa uma certa indigestão
em qualquer um que tenha o sangue um pouco quente. É como chamar alguém de
burro sem necessidade.
Após um ato
desses, muitos não se entendem mais, vira papo de primatas. Acho ótimo quando
duas pessoas conseguem se entender sem ofensas e num mesmo nível de educação. É
impossível conversar com aloprados, até num papinho sobre a conhecida e falada
política do Brasil em que o mundo inteiro está por dentro. Quando muita coisa
já está transparente. Que não há mais mistério.
Quando damos
nossa opinião não quer dizer que seja a única, ou a certa. É apenas uma
opinião: a nossa. Um direito à liberdade. E quando ouvimos o tal chavão, olho
no olho, e paramos pra pensar, a coisa muda de figura. Dá uma vontade imensa de
destrambelhar. O que não vale a pena.
A obsessão
de mandar contra tudo sem ponderar nada, colocando uma arrogância acadêmica
numa conversinha de boteco, não cabe. O que era para ficar simples toma
proporções enormes, tudo muito grandioso para uma conversa curta e
despretensiosa.
Acaba
enchendo o saco e estragando a festa.
Crônicas do cotidiano é escrito por Tais Luso, que reside em Porto Alegre e escreve uma vez na semana suas histórias e contos.
Crônicas do cotidiano é escrito por Tais Luso, que reside em Porto Alegre e escreve uma vez na semana suas histórias e contos.
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