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terça-feira, 22 de setembro de 2015

Congresso analisa vetos a projetos que podem anular esforço de ajuste

Nathalia Passarinho do G1, em Brasília:
O Congresso Nacional se reúne às 19h desta terça-feira (21) para decidir se mantém ou rejeita vetos da presidente Dilma Rousseff a projetos que geram despesas e integram a chamada “pauta-bomba”. Alvo de grande preocupação do governo, eventual derrubada dos vetos vai anular quase todo o esforço de corte de gastos que o governo anunciou como parte do pacote de ajuste fiscal – R$ 26 bilhões.
De acordo com o Ministério do Planejamento, a retomada dos projetos vetados geraria umimpacto de R$ 23,5 bilhões no ano que vem. Os gastos em quatro anos – até 2019 – somarão R$ 127,5 bilhões, de acordo com a pasta.
Um dos temas que serão analisados pelos parlamentares é o reajuste entre 53% e 78% a servidores do Poder Judiciário, conforme o cargo. O projeto, vetado por Dilma, previa que as correções fossem escalonadas até 2019. De acordo com o Planejamento, essa proposta vai gerar uma despesa de R$ 5,3 bilhões no ano que vem. Em quatro anos, até 2019, o custo total será de R$ 36,2 bilhões.
A derrubada desse veto é a que mais preocupa o governo, já que existe uma forte pressão de servidores para que a correção salarial seja concedida. Munidos de cornetas e cartazes, funcionários têm feito manifestações semanais nos corredores da Câmara e do Senado e no gramado em frente ao Congresso Nacional. A previsão é de que eles ocupem as galerias do plenário e circulem em peso pelas dependências do Legislativo nesta terça.
Nesta segunda, o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, que deve assumir a articulação política do governo, se reuniu com líderes da base aliada para apresentar as estimativas de gastos. No encontro, ele ouviu dos parlamentares que há chances reais de o veto ao reajuste do Judiciário ser derrubado e pediu que os líderes apresentam os números do impacto às suas bancadas.
Se o governo perceber que a possibilidade de derrota é grande, tentará adiar a votação. A estratégia seria orientar senadores e deputados a não registrarem presença, para evitar que seja alcançado o quórum mínimo necessário para a análise dos vetos.

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