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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Comitê do CPJ condena assassinato de radialista em Lagoa de Itaenga

Da AFP - JC


O assassinato a tiros do radialista Israel Gonçalves Silva em Pernambuco, o quinto jornalista morto este ano no Brasil, foi condenado nessa quarta-feira (10) pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), que exigiu das autoridades uma exaustiva investigação.

Silva foi morto por volta das 07h30 em Lagoa de Itaenga, cidade a 65 km do Recife. O assassino atirou e fugiu em uma moto, sem roubar nada.

"Estamos profundamente preocupados com o aumento alarmante da violência letal contra jornalistas no Brasil, que fez deste país um dos mais perigosos para a imprensa no mundo", disse em Nova York Carlos Lauría, coordenador sênior do programa do CPJ para as Américas. "Nós pedimos que as autoridades brasileiras investiguem exaustivamente este crime, determinem se ele está relacionado com o trabalho de Silva como jornalista, e processem todos os responsáveis."

O radialista apresentava o programa "microfone aberto" na Rádio de Itaenga, que recebia denúncias dos ouvintes sobre corrupção e desvios praticados por políticos e policiais.
"Ele sempre bateu cabeça com as autoridades e as pessoas vinham até ele na rua e diziam que ele ia morrer ou que era melhor ter cuidado porque sua vida estava em perigo", revelou um de seus colegas", Edilson Gomes dos Santos.

Quatro pessoas, incluindo dois menores, foram presas após o assassinato.
Segundo o CPJ, outros quatro jornalistas foram mortos este ano no Brasil em retaliação direta por seu trabalho, e nenhum dos casos foi resolvido.

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