O nível de emprego na
indústria brasileira caiu 7,0% em setembro deste ano na comparação com o mesmo
mês do ano passado. Este é o quadragésimo oitavo resultado negativo consecutivo
e o maior desde o início da série histórica da Pesquisa Industrial Mensal de
Emprego e Salário, em dezembro de 2000. Os dados foram divulgados ontem (19)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostram que todos
os 18 ramos pesquisados registraram queda, sendo que os destaques foram transportes
(-12,4%), máquinas e equipamentos (-10,6%), máquinas e aparelhos eletrônicos e
de comunicações (-14,7%) e alimentos e bebidas (-2,9%).
Na comparação com
agosto deste ano, o número de postos de trabalho na indústria caiu 0,7% - o
nono resultado negativo consecutivo, acumulando no período perda de 6,1%. No
trimestre encerrado em setembro, o número de demissões no setor chegou a 2,4%
na comparação com o período de abril a junho. Essa foi a décima primeira taxa
negativa neste tipo de comparação.
Em relação às horas
pagas aos trabalhadores no setor, a pesquisa aponta queda de 0,8% em setembro
na comparação com agosto. Esta é a sétima taxa negativa consecutiva, acumulando
no período perda de 6,3%. Já no trimestre de julho a setembro, o recuo foi de
7,5% e a taxa é a décima sétima negativa consecutiva, intensificando o ritmo de
queda em relação ao segundo trimestre (- 6,4%). Na comparação com setembro de
2014, a queda no pagamento das horas trabalhadas foi de 7,8%.
Sobre a folha de
pagamento, houve queda de 1,6% em setembro na comparação com agosto e de 9,1%
em relação à setembro de 2014. Segundo o IBGE, foi a maior queda desde maio
deste ano (-9,8%).
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