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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Defesa deve pedir novos exames mentais para os Canibais de Garanhuns

Por Raphael Guerra - RONDA JC
A primeira audiência de instrução e julgamento relacionada aos assassinatos de duas mulheres pelo trio que ficou conhecido internacionalmente como os “Canibais de Garanhuns” acontece nesta quinta-feira (29). Os advogados de Jorge Beltrão, Isabel Pires e Bruna Silva devem solicitar à Justiça que trio seja submetido a novos exames psiquiátricos. O objetivo da defesa é tentar comprovar que eles sofrem de transtornos mentais.
A tese para inocentá-los será semelhante à apresentada há um ano, durante o júri popular que condenou o trio pelo assassinato de uma adolescente em Olinda. A defesa insistirá que os crimes de homicídio, esquartejamento, canibalismo e ocultação de cadáver foram praticados porque os Canibais de Garanhuns não tinham consciência dos seus atos.
Alexandra Falcão da Silva, de 20 anos, e Giselly Helena da Silva, 31, foram executadas em 2012, quando os crimes foram descobertos pela polícia. As vítimas eram atraídas por propostas de emprego de babá.
Mais de 30 testemunhas devem ser ouvidas durante a audiência, o que significa que esta etapa não deve ser concluída hoje. Só ao final dos depoimentos, os réus serão ouvidos (caso queiram falar). Por fim, a Justiça definirá que o trio irá a júri popular.
Assim como fizeram no Fórum de Olinda, os advogados não descartam a possibilidade de pedir novos exames de sanidade mental para os réus. A defesa de Jorge Beltrão alega que ele é esquizofrênico. No processo, há registros de que o ex-lutador de jiu-jitsu passava por tratamento mental no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Garanhuns.
Já a defesa das rés vai seguir a tese de coação moral irresistível. Os advogados vão afirmar que Isabel Pires e Bruna Silva tinham dependência emocional por Jorge e que, por isso, aliciada por ele, praticavam os crimes.
Se a Justiça conceder o pedido de novo exame mental, as audiências de instrução e julgamento deverão ser suspensas até que o resultado dos laudos seja emitido, o que não tem prazo para acontecer. Nos exames realizados pelo psiquiatra forense Lamartine Hollanda, do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP), ficou comprovado que o trio estava ciente dos atos no momento em que mataram Jéssica Camila, de 17 anos, em Rio Doce, Olinda. O laudo disse ainda que nenhum dos três têm doença mental.

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